Na manhã do último sábado (25) foi lançado da base de lançamento tropical da Agência Espacial Europeia (ESA) na Guiana Francesa, o telescópio espacial James Webb da Nasa, considerado o sucessor do Hubble e o principal e melhor observatório de ciências espaciais da próxima década.
James Webb - Crédito: Wikimedia |
Ele tem um espelho primário de 6,5 metros de diâmetro - três vezes o tamanho do espelho do Hubble. Esse espelho é composto por 18 segmentos hexagonais de metal berílio revestido de ouro e é 100 vezes mais sensível do que o Hubble.
Um maior diâmetro no espelho significa maior área de coleta de luz, consequentemente possibilitando observar objetos a maiores distâncias, uma captura do passado, o cosmos de apenas 100 milhões de anos após o Big Bang. Para fins comparativos, o Hubble consegue captar imagens de galáxias a cerca de 400 milhões de anos após o Big Bang - que se deu a cerca de 13,8 bilhões de anos.
James Webb operará principalmente no espectro infravermelho, permitindo observar através de nuvens de gás e poeira onde as estrelas estão nascendo.
O telescópio tem mais de 6,3 toneladas, custou quase US$ 9 bilhões e ficará numa órbita solar a cerca de 1,6 milhão de quilômetros da Terra (quatro vezes mais longe do que a lua), mantendo um alinhamento com o planeta.
Dentre tantas missões, deve desvendar segredos de buracos negros e exoplanetas promissores com suas instigantes atmosferas.
Parabéns a NASA e a todos envolvidos.
Agora vamos aguardar para 'viajar ao passado' e nos surpreender com descobertas.
Pesquisa: Miguel Souto