terça-feira, 27 de outubro de 2020

SONDA TOCA EM ASTEROIDE / NASA ENCONTRA MOLÉCULAS DE ÁGUA NA LUA

SONDA TOCA EM ASTEROIDE

CONTACT - NASA

Após quatro anos e um percurso de dois bilhões de km, a sonda americana Osiris-Rex entrou brevemente em contato com o asteroide Bennu, segundo a Nasa, nesta terça-feira, dia 20.

Depois de lançar nitrogênio comprimido na superfície de Bennu, o braço mecânico recolheu partículas com menos de 2 centímetros de diâmetro levantadas pelo impulso, acumulando, teoricamente, pelo menos 60 gramas de material durante esses poucos segundos (segundo a NASA um problema detectado posteriormente no compartimento de amostras que não se fechava fez com que perdessem muitas amostras).

Em março de 2021, a sonda começará sua longa viagem de volta à Terra. O lançamento do contêiner que transportará as amostras está programado para 24 de setembro de 2023.

Bennu é um asteroide Apollo descoberto pela LINEAR em 1999 com um diâmetro de aproximadamente 493 metros e viajando a uma velocidade média de 101.388 quilômetros por hora. Tamanha a precisão e dificuldade em se aproximar e tocar num objeto como esse; mérito a todos que trabalham nessa missão na NASA.


NASA ENCONTRA MOLÉCULAS DE ÁGUA NA LUA


Ilustration - NASA

Moléculas de água foram detectadas na Cratera Clavius, na face da Lua iluminada pelo Sol, através do Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA), da NASA, uma aeronave Boeing 747SP modificada com um telescópio infravermelho. O comunicado foi divulgado nesta segunda-feira (26).

Esse anúncio é relevante por que até hoje nunca havia sido possível confirmar quimica e terminantemente se as moléculas identificadas na superfície lunar eram água (H2O) ou hidroxila (OH) e o estudo aponta que pode existir água congelada nas crateras menores nunca iluminadas pelo Sol. Isso pode favorecer a colonização da Lua, afinal a água, ao ser decomposta em hidrogênio e oxigênio, pode ser usada para abastecimento das estações espaciais, servindo de combustível, além de fornecer atmosfera para base lunar.

Vale ressaltar que essas moléculas não estão interagindo entre si, estão separadas dentro dessas estruturas rochosas, e o total detectado corresponde a 350 mililitros presa em um metro cúbico de solo. Apesar das hipóteses, não se sabe como essas moléculas permanecem num ambiente sem atmosfera e com temperatura extrema. 

Parabéns a NASA pela missão robótica no asteroide e pela grande descoberta.


Imagens: NASA

Texto e pesquisa: Miguel Souto