A Venera (em russo: Венера-9) foi uma série de sondas
espaciais que foram desenvolvidas pelo programa espacial soviético, para
a coleta de informações do planeta Vênus.
A Venera 1 e a Venera 2 perderam contato com a Terra antes de chegar a
Vênus. A Venera 3 alcançou o planeta em 16 de fevereiro de 1965,
mantendo contínuo contato radiofônico com a Terra, mas este contato foi
perdido logo antes da entrada da sonda na atmosfera do planeta. A Venera
3 tornou-se o primeiro objeto humano a pousar em outro planeta - embora
este pouso não tenha sido controlado.
A Venera 4 alcançou Vênus em 18 de outubro de 1967, tornando-se a
primeira sonda a entrar na atmosfera e enviar dados à Terra. A Venera 4
também realizou a primeira comunicação radiofônica sonda-Terra. A Venera
5 alcançou Vênus em 16 de maio de 1969, e entrou na atmosfera de Vênus
no mesmo dia, enviando dados à Terra antes de ser esmagada pela
altíssima pressão atmosférica do planeta, na altitude de 26 quilômetros.
A Venera 7 foi a primeira sonda desenhada a resistir às extremas
condições do planeta Vênus e a realizar um pouso controlado no planeta.
Alcançou Vênus em 17 de agosto de 1970, e pousou no planeta no mesmo
dia. Enviou informações à Terra por 26 minutos antes de ser decomposta
pelo calor e pela pressão do planeta. O radar da Venera 7 dectetou
ventos de mais de 100 quilômetros por hora. A Venera 8 pousou em Vênus
em 22 de julho de 1972, sobrevivendo por 50 minutos.
A Venera 12 alcançou o planeta em 21 de dezembro de 1978, sobrevivendo
por 110 minutos. Sua irmã, a Venera 11, pousaria no planeta 4 dias
depois, sobrevivendo por 95 minutos, mas com seus sistemas de imagens
(fotografia, radar) não operacionais.
A Venera 13 enviou à Terra as primeiras imagens coloridas da superfície
de Vênus, em 1 de março de 1982, sobrevivendo por 127 minutos, à
temperatura de 456 graus centígrados e à pressão de 89 atmosferas. As
partes orbitais da Venera 15 e a Venera 16 realizaram missões de
mapeamento da superfície do planeta em 10 e 14 de outubro de 1983.
Em 8 de junho de 1975 foi lançada a Venera 9, com um peso monstruoso de 5
toneladas, que lançou um módulo de pouso suave na superfície de Vênus,
em 22 de outubro. A Venera 9 conseguiu a proeza de ser a primeira nave
terrestre a pousar em outro planeta, enviando uma imagem preto a branca
do local de pouso em Vênus. Ela conseguiu funcionam durante 1 hora no
insuportável calor venusiano. Antes dela, as demais Venera enviavam
dados da atmosfera durante a descida, mas paravam de funcionar antes de
chegar ao solo. Até a Venera 7, as naves tentavam pousar no lado escuro
de Vênus, por causa das temperaturas, que no lado iluminado de Vênus
chegam quase a 500 graus. Mas, a partir da Venera 8, todas as naves
tentaram pousar no lado iluminado.
No dia 20 de outubro de 1975 o módulo de descida da Venera pousou de
forma suave em Vênus. Havia um sistema de refrigeração com líquido
circulante, cujo objetivo era distribuir o calor uniformemente, o que
permitiu uma transmissão de 53 minutos após o pouso.
Os dados da Venera 9 permitiram estabelecer o seguinte quadro da atmosfera venusiana, no local e data do pouso:
1. existe uma camada de núvens com espessura de 30 a 40 km, a partir de uma altitude de 30 a 35 km;
2. a atmosfera venusiana é composta, entre outos gases, por ácido
clorídrico (HCl), ácido fluorídrico (HF), bromo (Br) e iodo (I)
3. a pressão atmosférica na superfície é de cerca de 90 vezes a da Terra;
4. a temperatura da superfície é de 485° C;
5. os níveis de luminosidade equivalem aos da Terra num dia encoberto de verão;
6. fotografias mostraram sombras, uma aparente falta de poeira no ar
e diversas rochas não erodidas com dimensões entre 30 e 40 cm.
As sondas Venera transportavam um fotômetro ultravioleta, um
foto-polarímetro, um espectrômetro infravermelho, um radiômetro
infravermelho, um magnetômetro e um detector de partículas carregadas,
além de um sistema de TV.
O Projeto Venera foi encerrado em 1983, com a sonda Venera 16.
Vênus é chamuscado por uma temperatura de cerca de 482° C (900° F) na
superfície. Esta alta temperatura é devida especialmente por um fugidio
efeito estufa, causado pela pesada atmosfera de dióxido de carbono. A
luz solar passa através da atmosfera e aquece a superfície do planeta. O
Calor seria radiado para fora, mas é aprisionado pela densa atmosfera e
impedido de escapar para o espaço. Isto torna Vênus mais quente que
Mercúrio.
Um dia Venusiano tem 243 dias Terrestres, e é mais longo que seu ano, de
225 dias. Estranhamente, Vênus gira do leste para o oeste.
Vênus devido a sua lenta rotação, não possui campo magnético.
Using cameras designed by A.S. Selivanov's team, Venera 9 sent image telemetry for 50 minutes.
CRÉDITOS DO ARTIGO:
www.cosmonautica.somee.com
www.karl.benz.nom.br
www.ciencia-cultura.com
www.astro.if.ufrgs.br/
www.fisica.ufmg.br
mentallandscape.com/V_DigitalImages.htm
www.g-sat.net/
CRÉDITOS DAS IMAGENS: Programa espacial soviético - União Soviética (URSS) |